O ministro da Educação, Abraham Weintraub, sugeriu nesta quarta-feira (20), em sua conta no Twitter, que o Enem seja adiado por 30 ou 60 dias. A declaração ocorre um dia após o Senado aprovar o projeto de lei que propõe o adiamento de exames de acesso ao ensino superior, entre eles o Enem.
Até o momento, Weintraub vinha se manifestando pela manutenção da prova em novembro, defendendo que o “Brasil não pode parar”. Segundo ele, não existe uma desigualdade, já que a crise atingiu todos os estudantes. O ministro ainda acusou “a esquerda” de agir para que o exame não acontecesse.
Na última terça-feira (19), Weintraub anunciou que na última semana de junho aconteceria uma pesquisa para alunos inscritos no exame opinarem sobre um possível adiamento. A partir do resultado, ele definiria se a prova seria ou não adiada.
No mesmo dia, o projeto de lei nº 1.277, da senadora Daniela Ribeiro (PP-PB), que prevê a prorrogação de “provas, exames e demais atividades para o acesso ao ensino superior “, por causa da pandemia do novo coronavírus, foi aprovado no Senado, por 75 votos a 1. O único senador que votou contra foi Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ).
Agora, o texto ainda precisa ser analisado pela Câmara dos Deputados para, então, ser enviado para a sanção do presidente Jair Bolsonaro. O presidente poderá aprovar o texto, integral ou parcialmente, ou vetar. Nas redes sociais, milhares de estudantes, professores e especialistas pedem o adiamento do Enem, já que muitos candidatos não têm acesso à internet ou a equipamentos adequados para assistirem a aulas.
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Ministro admite adiar Enem depois de decisão do Senado Publicado primeiro em https://guiadoestudante.abril.com.br/
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