Uma semana atrás, na quarta-feira (11), a Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou a pandemia de covid-19, doença causada pelo novo coronavírus (Sars-Cov-2). Desde então, o termo não saiu dos noticiários. Como cidadão e vestibulando, é importante você saber direitinho o que isso significa.
Segundo a OMS, uma pandemia é a disseminação mundial de uma nova doença. O termo indica que a enfermidade se espalhou por diferentes continentes com transmissão sustentada de pessoa para pessoa.
Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS, falou sobre o uso inadequado e falta de conhecimento em relação a essa palavra. “Pandemia não é uma palavra para ser usada à toa ou sem cuidado. É uma palavra que, se usada incorretamente, pode causar um medo irracional ou uma noção injustificada de que a luta terminou, o que leva a sofrimento e mortes desnecessários.”
Diferenças entre surto, epidemia, endemia e pandemia
Outra confusão que pode acontecer é a da palavra “pandemia” com outros termos parecidos, mas saiba que as definições são diferentes, viu? Vamos deixar bem claro, então, a diferença entre surto, endemia, epidemia e pandemia. Saber isso, inclusive, pode ser uma excelente alternativa para acertar algumas questões, tanto na primeira, como na segunda fase dos grandes vestibulares.
Surto: ocorre quando há um aumento repentino do número de casos de uma doença em uma região específica.
Epidemia: é o aumento considerável do número de casos de determinada doença em diversas regiões no mesmo país.
Endemia: a questão não é quantitativa. Uma doença é classificada como endêmica quando acontece com muita frequência apenas em um local específico – não atingindo outras comunidades. Existem as chamadas áreas endêmicas: no caso do Brasil, por exemplo, é possível citar a febre amarela na Amazônia.
Pandemia: em uma escala de gravidade é o caso mais delicado. Ela se caracteriza por uma epidemia que se espalha por diversas regiões do planeta.
Histórico de pandemias de gripe
Agora que você sabe exatamente o que é uma pandemia, relembre alguns exemplos ao longo da história. Surgida no verão de 1580, uma gripe saiu da Ásia para a África e tomou a Europa em seis meses, chegando até a América do Norte. Talvez tenha sido a primeira pandemia de gripe. Deixou um número incalculável de mortos – apenas em Roma, foram 8 mil, 10% da população da época.
Outros casos parecidos ocorreram em 1729, 1781, 1830. Em 1889, uma nova pandemia surgiu em maio no sul da Rússia e se espalhou pela Europa: a gripe russa.
No começo de 1890, um barco a vapor da Alemanha levou a doença para Salvador, Bahia, infectando metade dos soteropolitanos. No Rio de Janeiro, o vírus ainda atingiu dom Pedro 2º, no finzinho da monarquia.
A mais grave das pandemias de gripe eclodiu no último ano da Primeira Guerra Mundial (1914-1918), com, possivelmente, um surto nos EUA. O movimento das tropas espalhou a gripe espanhola (H1N1) pelo mundo, infectando 40% da humanidade em dois anos.
A última vez, antes do coronavírus, que a OMS tinha declarado uma pandemia foi em 2009, para o H1N1, a gripe A. Popularmente conhecida como gripe suína, teve os primeiros casos registrados no México em meados do mês de março de 2009. Depois espalhou-se pelo mundo e alcançando a Oceania. O vírus foi identificado como uma nova cepa do já conhecido Influenza A subtipo H1N1, o mesmo vírus responsável pelo maior número de casos de gripe entre humanos.
O que é pandemia? Definição, histórico e gravidade Publicado primeiro em https://guiadoestudante.abril.com.br/
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