O Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) é uma avaliação aplicada pelo Inep aos alunos do último ano das faculdades para medir a qualidade dos cursos de graduação, seja da rede pública ou privada. Os resultados do Enade 2018, divulgados hoje (4), seguem a tendência dos últimos anos, mas não deixam de ser desanimadores. Renderam, inclusive, comentários negativos do Ministro da Educação durante a coletiva convocada nesta sexta. Segundo ele, os alunos que obtiveram baixo desempenho na prova “não deveriam se formar”.
Os baixos resultados se concentram principalmente nas faculdades particulares. Entre os cursos da rede privada, apenas 3,3% obteve a nota máxima (5) e a maioria ficou na média 3 — um desempenho mediano. Entre as universidades públicas, o percentual de cursos com nota 5 é significativamente maior: 20,3%. Se considerados todos os cursos que participaram do exame esse ano, incluindo a rede pública e privada, menos de 6% atingiram a nota máxima.
Segundo o ministro da Educação, o melhor desempenho das universidades públicas se deve ao perfil dos estudantes, já que a maioria passou por vestibulares mais concorridos. Além disso, ele levantou uma possível “sabotagem” dos estudantes, que intencionalmente buscam notas baixas no exame. De fato, já ocorreram mobilizações do tipo em outros anos, quase sempre com a intenção de protestar contra cursos de má qualidade ou contra cortes nas universidades, mas é mais comum que ocorram nas universidades públicas.
Desempenho do Ensino a Distância
Os resultados do Enade também foram positivos para os cursos da modalidade a distância (EaD). Embora o número de cursos seja bem menor (563 contra 7.957 presenciais), a distribuição percentual foi bem parecida na escala de 1 a 5 pontos. Os cursos a distância, inclusive, saíram um pouco na frente dos presenciais no conceito máximo: foram 6% contra 5,8% presenciais com nota 5 no exame.
Só 3% dos cursos de faculdades privadas conseguiram nota máxima no Enade Publicado primeiro em https://guiadoestudante.abril.com.br/
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