quinta-feira, 24 de outubro de 2019

Enem: 7 grandes erros que você pode cometer na redação (e como evitá-los)

Cada vestibular tem suas especificidades em relação à redação. Por isso, é muito importante analisar provas anteriores para ver como os temas foram cobrados, os recortes que a banca adotou e os textos da coletânea que foram apresentados.

No Enem, a redação é realizada no primeiro domingo de prova junto com as questões de Linguagens e Ciências Humanas. Como o candidato precisa administrar o tempo para dar conta de tudo, é muito importante ir bem preparado, sabendo como irá se organizar e os erros que não podem ser cometidos. 

Para te ajudar, separamos sete atitudes que podem prejudicar seu desempenho na hora de escrever seu texto: 

 

1. Desorganização com o tempo

A falta de organização do tempo também pode ser um grande problema. É comum os alunos se atrasarem nas questões, deixando pouco tempo para a redação. Nesses casos, fica difícil fazer um rascunho e estruturar bem o texto. 

“É preciso reservar ao menos uma hora para a redação. Faz sentido priorizá-la, pois essa é a prova que costuma agregar mais pontos à média final do aluno no Enem. Além disso, a redação tem peso maior no Sisu para grande parte dos cursos e universidades”, explica Ana Paula Dibbern, do Cursinho Maximize, de São Paulo (SP).

2. Não apresentar tese/opinião com clareza 

O coordenador de Linguagens do Anglo, Sérgio Paganim, explica que o Enem solicita a redação de um texto dissertativo-argumentativo, ou seja, uma redação em que o candidato apresente, de maneira clara e bem definida, uma opinião a respeito de um tema polêmico. 

“Sem um posicionamento claro, o texto acaba se convertendo em uma coleção de pequenos comentários a respeito do tema, não em uma sequência de argumentos planejada para sustentar uma tese”, afirma o especialista.

“A argumentação precisa ser clara, coerente, coesa e deverá culminar no ponto de vista defendido. A tese não pode faltar de jeito nenhum, pois ela é a razão de ser desse tipo de texto”, diz Ana Paula. 

3. Não tomar partido diante da polêmica, ficar “em cima do muro” 

As bancas examinadoras querem, na dissertação, avaliar a capacidade do estudante de tomar partido em questões polêmicas e a argumentação que utilizará para isso. Ou seja, nada de omitir sua posição. 

“O que está em jogo é a capacidade de defender uma opinião, de sustentar um ponto de vista, qualquer que seja ele, com reflexões coerentes, pertinentes e reveladoras de uma visão de mundo crítica. Quem não opina, com medo de se comprometer, compromete seu texto”, afirma Sérgio. Você não precisa se preocupar com avaliadores que, eventualmente, não concordem com sua opinião, como já falamos aqui no GUIA.

4. Não respeitar o recorte temático delimitado pela proposta de redação 

Não adianta dissertar sobre um tema que não foi o pedido pela banca. Por isso, é necessária uma leitura atenta aos textos da coletânea e ajustar as reflexões pessoais aos limites definidos pela proposta. “Respeitar o tema tal como vem na frase-tema é crucial para discutir bem o assunto proposto”, diz Sérgio. 

O coordenador exemplificou essa questão com o tema do Enem 2015. O recorte temático feito pela frase-tema era específico: a persistência da violência contra a mulher na sociedade brasileira. Logo, de nada adiantava escrever de modo mais abrangente sobre a violência contra a mulher, por exemplo.

5. Não apresentar proposta de intervenção ou elaborar uma incompleta 

Algo que difere a prova do Enem das demais é o fato da proposta de intervenção ser obrigatória. Embora ela possa ser exposta em qualquer parte do texto, é mais comum que seja apresentada no final e, para se ter uma ideia de sua importância, ela vale 200 pontos dos 1000 possíveis na redação. “É importante que ela seja detalhada e informe uma ação, seu agente, meios de ser executada e finalidade”, diz Sérgio. 

6. Desenvolver uma reflexão baseada no senso comum, em ideias preconceituosas, simplistas

Vale lembrar que, além das competências de leitura e escrita, a redação também avalia a capacidade de reflexão crítica a respeito de problemas sociais, políticos e econômicos da sociedade brasileira. “Repertório é uma das palavras-chave aqui. Se o aluno traz elementos de atualidades, humanidades e outras áreas do conhecimento, será muito mais fácil embasar a argumentação”, diz Ana Paula. Segundo Sérgio, um repertório robusto, com reflexões, conceitos, opiniões e análises sólidas, contribui decisivamente para construir uma argumentação que revele julgamento crítico acerca do tema proposto.

7. Não se atentar ao que pode zerar ou anular a sua nota

Há alguns fatores específicos que podem zerar a nota da redação do Enem e, segundo Ana Paula , não considerá-los seria o maior erro de todos. Confira aqui quais são esses fatores.

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