quarta-feira, 11 de setembro de 2019

Mais universidades brasileiras aparecem em ranking — mas longes do topo

Um dos mais prestigiados rankings internacionais de avaliação de universidades, o Times Higher Education, trouxe boas e más notícias para o Brasil nesta quarta (11). A Universidade de São Paulo (USP) permanece como a melhor da América Latina, além de ter aumentado, em relação ao ano passado, sua pontuação no quesito “impacto das citações”. A participação das universidades brasileiras também cresceu — saltamos de 35 para 46 nomes na lista da última edição para esta. Agora, somos o sétimo país em representação no THE. 

Mas para além disso, não há muito o que se comemorar. Entre as brasileiras que já apareciam na lista, a maioria estagnou ou caiu de posição, o que é o caso da Unicamp, da UFRJ, da Ufscar e da UFBA, por exemplo. Mesmo a USP, que cresceu na pontuação, não conseguiu atingir o top 200, e justamente por isso não é possível saber ao certa a posição ocupada por ela — a partir da segunda centena, as universidades são classificadas em grupos, e a USP permanece entre a 251º e a 300ª posição. Entre as novas ingressantes, todas estão fora do top 1000.

Ao todo, o THE 2020 analisou um total de 1.396 instituições em 92 países e regiões. As universidades são avaliadas a partir de cinco critérios: ensino, pesquisa, citações de artigos científicos, transferência de tecnologia e internacionalização. A Universidade de Oxford, desde o ano passado, ocupa o primeiro lugar da lista.

Críticas aos cortes

Em um texto de divulgação do ranking, a editora do ranking da THE, Ellie Bothwell, se mostrou pessimista em relação as universidades brasileiras por conta das políticas públicas que vêm sendo colocadas em prática nessa área. “A crescente hostilidade do governo atual em relação à educação superior inspira pouca confiança”, opinou, apesar de reconhecer que o aumento da representatividade brasileira no ranking traz visibilidade para o país. 

Em maio deste ano, as universidades federais brasileiras tiveram 30% do seu orçamento discricionário bloqueados pelo MEC, o que tem afetado o andamento de pesquisas, as aulas e serviços básicos como segurança, limpeza e transporte.

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